segunda-feira, 8 de abril de 2013

Tecido Conjuntivo



Introdução

       Os tecidos conjuntivos são os responsáveis pelo preenchimento dos espaços intercelulares do corpo, fazer ligações de órgãos e de tecidos diversos, e entre outros como preenchimento, sustentação, transporte e defesa, além do estabelecimento e manutenção da forma do corpo. Em uma analogia simples, em que os órgãos e as células seriam os tijolos de uma parede e o tecido conjuntivo seria como o cimento que os une. 
        Estruturalmente o tecido conjuntivo possui três componentes: células, fibras e substância fundamental. A variação na qualidade e quantidade desses componentes define os diferentes tipos de tecido conjuntivo. Enquanto os demais tecidos tem como constituintes principais as células, no tecido conjuntivo predomina a matriz extracelular, formada pela substância fundamental e pelas fibras. As fibras podem ser colágenas, reticulares ou elásticas, dependendo da composição das proteínas, que por sua vez definirá suas propriedades e funções. 
      As principais células do tecido conjuntivo são os fibroblastos, os leucócitos e as células adiposas. Os fibroblastos produzem as fibras e a substância fundamental, além de estarem envolvidos na produção de fatores de crescimento, que controlam o crescimento e a diferenciação celular. Os leucócitos são as células de defesa, elas produzem anticorpos, fagocitam corpos estranhos e modulam reações alérgicas e inflamatórias. As células adiposas estocam gorduram, que serve de reserva energética e produção de calor. 
      O tecido conjuntivo está presente nos tendões e ligamentos, aponeuroses, cápsulas envolvendo órgãos, membranas orgânicas e constituindo o estroma ( tecido de sustentação ) dos órgãos. 

 Classificação:

  • Tecido conjuntivo propriamente dito: é o tecido conjuntivo que faz a estruturação e o suporte. Compreende células de forma e função diversas, como fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos, células adiposas e células mesenquimatosas. Pode ser frouxo ou denso.
                Tecido conjuntivo frouxo: preenche espaços, apoia e nutre células epiteliais, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos e linfáticos, suporta estruturas que estão sujeitas a pequenos atritos e pressão, faz parte da estrutura de muitos órgãos, sendo importante no isolamento de infecções localizadas e nos processos de cicatrização. Comum e de maior quantidade no organismo.

              Tecido conjuntivo denso: tem a mesma composição que o frouxo, porém possui menos quantidade de células e abundantes fibras colágenas, oferecendo assim resistência e proteção ao tecido.  Estão presente na derme, no periósteo que envolve o osso, no pericôndrio que envolve as cartilagens, bem como nos tendões e ligamentos. Menos flexível e muito mais resistente ás trações. O tecido conjuntivo propriamente dito ainda pode ser classificado em não modelado ou fibroso 
( fibras colágenas arranjadas sem orientação definida) e modelado ou tendinoso ( feixes de fibras colágenas paralelas uns aos outros e alinhados com os fibroblastos).

  • Tecido conjuntivo adiposo: Constituído por células adiposas, é o maior depósito corporal de energia, armazenada em forma de lipídios. Ele também serve para modelar a superfície do corpo, sendo responsável pelas diferenças da silhueta masculina e feminina. Forma coxins sobre a pele, oferecendo importante proteção contra choques mecânicos; Constitui ainda um isolante térmico para o corpo.
  • Tecido conjuntivo reticular ou hematopoiético: é formada por fibras e tipos celulares que dão suporte ás células formadoras do tecido sanguíneo. Assim hemácia, plaquetas e glóbulos brancos, além de linfócitos, são produzidos nesse tecido conjuntivo, a partir de tipos celulares precursores. Está localizado na medula óssea, em costelas, vértebras, ossos do crânio e extremidades do fêmur e úmero, caracterizando a medula óssea vermelha. É encontrado também em órgão linfáticos, como baço, timo, linfonodos, nódulos linfáticos e tonsilas palatinas: tecido linfático. Esse último é também responsável pela remoção de detritos e células sanguíneas debilitadas. Esse tecido é bastante considerado no tratamento de leucemias agudas e mieloide crônica, já que o uso de sua células, com grande capacidade de diferenciação, é uma alternativa ao transplante de medula óssea.
  • Tecido conjuntivo cartilaginoso: Possui consistência rígida, oferecendo suporte para os tecidos moles. Reveste também as superfícies articulares, absorvendo choques, e facilitando o deslizamento dos ossos nas articulações. É também o principal constituinte dos ossos no feto e no recém-nascido, diferenciando-se em tecido ósseo e promovendo o crescimento da criança. 
  • Tecido conjuntivo ósseo: tem a função de sustentação e ocorre nos ossos do esqueleto dos vertebrados. 
  • Tecido conjuntivo sanguíneo: é um tipo de tecido conjuntivo que apresenta a substância intercelular em solução aquosa - plasma sanguíneo- onde aparece vários tipos de células e uma composição química muito diversificada. Sua função fundamental é transportar nutrientes e gás oxigênio para as células, além de recolher os excretas do metabolismo.
  • Tecido conjuntivo embrionário: originam dos tecidos conjuntivos adultos.  Ocorre duas variações de acordo com a localização e constituição:
                 Tecido conjuntivo mesenquimatoso: trata-se de um tipo de tecido conjuntivo que somente está presente no embrião.
                Tecido conjuntivo mucoso: é um tecido frouxo e amorfo. Somente é encontrado no cordão umbilical e no tecido conjuntivo subdérmico do embrião. 

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